Bolsa Futuro Digital vai capacitar 10 mil novos programadores até 2027

Com R$ 54 milhões em investimento, programa Bolsa Futuro Digital capacita 10 mil novos programadores com bolsa, residência e formação gratuita.

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5/25/20252 min ler

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou o Programa Bolsa Futuro Digital, uma iniciativa inédita para formar gratuitamente 10 mil programadores iniciantes em todo o país. Com R$ 54,5 milhões em investimento, o projeto oferece cursos presenciais com apoio financeiro mensal e foco em empregabilidade.

O objetivo é claro: preparar jovens e adultos sem experiência para o mercado de tecnologia, que cresce de forma acelerada e sofre com a escassez de profissionais qualificados.

Como funciona o programa Bolsa Futuro Digital:

Formação técnica com bolsa mensal

O programa tem duração total de 9 meses, divididos em duas fases principais:

  • Fase 1 – Formação Técnica (6 meses)

    • Aulas presenciais 2x por semana (144 horas);

    • Conteúdo online complementar (56 horas);

    • Bolsa de R$ 100/mês nos 3 primeiros meses e R$ 200/mês nos 3 finais.

  • Fase 2 – Residência Tecnológica (3 meses)

    • Somente para os melhores alunos;

    • Atuação prática em empresas parceiras;

    • Bolsa de R$ 600/mês com mentoria especializada.

A metodologia utilizada combina Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL) e Sala de Aula Invertida, promovendo o raciocínio prático e o contato com desafios reais do setor de TI.

Trilhas de aprendizado: Front-end ou Back-end

Os candidatos podem escolher entre duas especializações:

  • Desenvolvedor Front-end
    Foco em HTML, CSS, JavaScript, React e UX Design.

  • Desenvolvedor Back-end
    Aprofundamento em lógica de programação, Python, JavaScript, Ruby, APIs e modelagem de dados.

Quem pode participar do Bolsa Futuro Digital?

O programa é inclusivo e não exige conhecimento prévio em programação. Para participar, é necessário:

  • Ter estudado em escola pública (ou particular com bolsa integral);

  • Ter, no mínimo, 18 anos até a conclusão do curso;

  • Ter acesso à internet para as atividades online;

  • Ter concluído (ou estar para concluir) o ensino médio.

Onde serão oferecidas as vagas

Inicialmente, serão 5 mil vagas distribuídas em 12 estados e no Distrito Federal. Outros 5 mil alunos serão selecionados em uma segunda etapa. Os polos presenciais estarão localizados nos seguintes estados:

  • Norte: Pará

  • Nordeste: Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia

  • Centro-Oeste: Goiás, Distrito Federal

  • Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais

  • Sul: Santa Catarina, Rio Grande do Sul

A lista completa dos polos está disponível no site oficial do programa.

Mulheres terão prioridade

Em um esforço por mais inclusão, 50% das vagas são reservadas para mulheres. A ministra Luciana Santos destaca o compromisso com a equidade de gênero e a oportunidade de transformação social por meio da tecnologia.

Entidades parceiras e execução

O Bolsa Futuro Digital é executado por:

  • Softex Pernambuco (SOFTEXPE) – Coordenação Geral

  • CEPEDI

  • Instituto Hardware BR (H.BR)

A rede de apoio inclui instituições públicas e universidades como IFB, IFSP, UFPE, UFF, IFMG, entre outras.

Como se inscrever

As inscrições já estão abertas e o processo seletivo terá duas etapas:

  1. Teste de raciocínio lógico

  2. Envio de vídeo motivacional ou teste de Fit Cultural

Os aprovados devem apresentar documento com foto no ato da matrícula. A escolha da trilha e do polo de aula é feita durante a inscrição.

👉 Acesse o site oficial para se inscrever:
https://bfd.softexpe.org.br

Conclusão: um passo estratégico para o futuro do Brasil

O Bolsa Futuro Digital não é apenas uma política pública de capacitação: é uma porta de entrada para a transformação social e digital do país. Com foco em empregabilidade, inclusão e formação de qualidade, o programa tem potencial de reduzir o déficit de profissionais de tecnologia e gerar oportunidades reais para milhares de brasileiros.